Quem Somos

No final dos anos 60 começam a surgir as primeiras Autos Escolas em Belo Horizonte. Eram pequenas empresas que utilizavam os carros da época, principalmente fusca, Jeep, e até rural. Estes veículos não dispunham dos comandos duplos, ao qual os principais recursos dos instrutores, eram o freio de mão, e desligar a ignição, quando o aluno acelerava mais do que devia. Estes instrutores, não possuíam nenhuma qualificação específica para tal, mas, contudo, eram experientes e habilidosos. Nesta ocasião, podiam se candidatar ao cargo, aqueles que possuíssem a categoria C2, que era considerada habilitação para profissionais. Na década de 80 havia em Belo Horizonte, cerca de 100 empresas credenciadas como AUTO ESCOLAS. Algumas destas, possuíam por volta de 200 veículos. Contudo estes profissionais não possuíam nenhuma garantia salarial, e ganhavam apenas quando produziam, e em regra a carteira nem era assinada. Nesta ocasião, era considerado um “BICO”.

Em 1988, com a fundação do primeiro sindicato de Instrutor no Brasil, o SEAME tornou- se um aliado defensor e protetor dos direitos destes profissionais.

Desde então, com muita luta, várias regulamentações foram criadas para buscar organizar o setor. Com a promulgação do novo CTB, que transformaram as AUTO ESCOLAS em CENTRO DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES, cujo legislador buscou instituir empresas com cunho de instituição de ensino e de cunho educacional; tudo parecia estar no caminho certo. Contudo, esta teoria não saiu do papel, e ao contrário, enfraqueceu o mercado, quando mais de 1.800 empresas foram credenciadas dentro do Estado como CFCs.

Atualmente, temos sindicatos em grande parte do Brasil, contudo, os órgãos normativos e executivos de trânsito, não acatam as reivindicações da categoria e dificultam a valorização destes profissionais.

Com as reformas trabalhistas, o governo tenta desarticular os sindicatos e expor o trabalhador brasileiro a própria sorte.

Convocamos a todos para, juntos, garantirmos nossos direitos e lutarmos pela melhoria do nosso trabalho junto ao governo e aos órgãos executivos e normativos de trânsito, bem como a sociedade brasileira pela valorização da formação de nossos condutores, para que tenhamos um trânsito mais justo e humano.